sexta-feira, 13 de julho de 2012

MARC 21

Para desenvolver um bom trabalho, de forma rápida, eficiente e com conhecimento é necessário estar inteirado quanto aos recursos tecnológicos disponibilizados em favor das informações.

Pesquisando sobre o MARC 21, resolvi então trazer algumas informações acerca do mesmo. Tudo isso para que nós (alunos e profissionais) da biblioteconomia estejamos inteirados quanto a esta ferramenta que é uma das que nos servem para atuar nos processos de catalogação.


Formato MARC

MARC é a sigla para Machine Readable Cataloging que quer dizer catalogação legível por computador. Para o computador processar os dados catalogados é necessário colocá-los em forma legível pela máquina, identificando os elementos de forma clara, para que possa ler e interpretar os dados de um registro catalográfico. O formato MARC é muito utilizado no mundo todo, existem formatos baseados no MARC em vários países, como nos Estados Unidos (USMARC), na Inglaterra (UKMARC), na França (InterMARC) e no Canadá (CanMARC).

As informações contidas em uma ficha catalográfica não podem ser simplesmente digitadas no computador para produzir um catálogo automatizado. O computador precisa de um meio para interpretar a informação encontrada no registro bibliográfico. Este meio se encontra no MARC.


O objetivo do MARC

Servir como formato padrão para o intercâmbio de registros bibliográficos e catalográficos e servir de base para a definição de formatos de entrada entre as instituições que o utilizam.


O histórico do MARC

Ao final da década de 1950 do século passado, a Library of Congress (LC) iniciou suas investigações sobre a possibilidade automatizar suas operações. Em 1965, houve uma Conferência sobre Catálogos Mecanizados entre a LC, o CLR (Counsil on Library Resources) e a Comissão de Automação da Research Libraries Association objetivando o estabelecimento de um formato para o registro dos dados bibliográficos em computador. No mesmo ano, na segunda Conferência sobre Catálogos Mecanizados, a LC apresentou um trabalho onde sugeria todos os dados necessários ao formato desejado. Em 1966, na terceira Conferência sobre o mesmo assunto ficou determinado que a LC iniciaria suas experiências.

Essa experiência ficou conhecida como "MARC Pilot Project". No ano de 1967, na quarta Conferência sobre Catálogos Mecanizados se discutiu o formato MARC II, os caracteres gráficos para dados bibliográficos e uma estrutura para um sistema MARC operacional. Em 1968, a LC, encerrando suas atividades publicou um relatório sobre o conjunto dos caracteres gráficos, o formato MARC II e sobre suas experiências e das bibliotecas participantes do Projeto Piloto. Já em 1969, o sistema estava operacional, cobrindo todas as monografias em língua inglesa, catalogadas pela LC.


Estrutura do MAC

É a moldura básica do formato. Contém certas informações de controle que são necessárias para a transmissão de informações e define "layout" dos campos de dados. A estrutura é genérica e dá para usá-la em quaisquer tipos de de dados bibliográficos. Esta foi adotada como padrão internacional pela ISO 2709. A estrutura do formato de comunicação pode ser adaptada às necessidades de processamentos e à configuração de equipamento de cada biblioteca em particular.


Designadores de conteúdo

É um termo abrangente, usado para se referir às etiquetas, indicadores e delimitadores. A etiqueta identifica o campo que se segue, cada campo é associado a um número de 3 dígitos. O indicador, duas posições de caracteres seguem cada etiqueta. Uma ou ambas posições podem ser usadas para contar indicadores. Em alguns campos somente a primeira é utilizada, em outros, as duas são usadas e em outros, como o 020 e o 300, nenhuma é usada. A finalidade dos designadores de conteúdo é recuperar as informações do campo variável, por exemplo: autor, título, assunto, etc.


Conteúdo bibliográfico

A utilidade dos registros bibliográficos para intercâmbio depende de seu conteúdo. Elementos de dados importantes para uma biblioteca podem ser omitidos dos registros de outra. Há diferentes regras para se fazer a entrada de documentos, diferentes listas de cabeçalhos de assunto incompatibilizando os registros do ponto de vista bibliográfico. Os registros MARC são catalogados através das normas do Código de Catalogação Anglo-Americano (AACR).


A estrutura geral de um registro bibliográfico

Líder

São dados que fornecem informações para o processamento do registro. Esses dados contêm números ou códigos que são identificados pela sua posição relativa. O líder possui o tamanho de 24 caracteres (numerados de 00 a 23) e é o primeiro campo de registro MARC.

Diretório

É uma tabela com um número variável de campos de tamanho fixo (entradas) com 12 caracteres cada um. Cada entrada contém três elementos de dados: parágrafo, tamanho de campo, posição do caractere inicial do campo.

Campo de dados

É uma porção de registro bibliográfico, normalmente de tamanho variável, tais como autor, título, etc. Cada registro bibliográfico é dividido logicamente em campos. Há um campo para autor, um campo para informação do título e assim por diante. Esses são subdivididos em um ou mais "subcampos". Os nomes dos campos são muito longos para serem reproduzidos dentro de cada registro MARC. Ao invés disso, os nomes dos campos são representados por etiquetas de 3dígitos.


Referência

FORMATO MARC. Disponível em <http://pt.wikipedia.org/wiki/Formato_MARC>. Acesso em 13 de julho de 2012.

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